Há muitos motivos que nos levam a olhar para a vida de outras pessoas: curiosidade, inveja, admiração, falta do que fazer, tendência, cultura ou, talvez, falte-nos algo de melhor pra olhar em nossas próprias vidas. Eu já usei todas essas justificativas para deixar de olhar pra mim e olhar para os outros. Mas, dependendo da forma como se olha, com ou sem veneno, essa olhadela pode até ser positiva.
Quando estou caminhando por aí, tão apressadamente quanto os demais, pergunto-me: "qual é a pressa que motiva?".
Passo em frente às igrejas e...: "eles têm um Deus para acreditar".
Encontro caras usando camisetas de times de futebol, logo, eles têm por quem torcer, ainda que o time mais perca que ganhe, a torcida fica - a torcer.
Têm também os "camisetas do Nirvana e afins" e por que não dizer que eles tem alguém pra admirar? Ou alguma filosofia de vida pra dizerem que tem...
Viro uma esquina, encontro uma escola e, à porta dela, uma fila de mães esperando seus filhos e filhas. Elas têm de quem cuidar (e tantos outros verbos).
Gente apressada, levando seus notes, saltos musicando o asfalto. Crachás que pouco nos identificam.
Sempre leio os nomes de cursos das pastas que me cruzam, quantas provas por fazer ou quem sabe um TCC?
Vejo ali, próximo a MIm, um casal que num embate ao final do dia, logo me bate o coração: sim, eles têm a quem amar, de quem sentir o mais miserável dos ciúmes, por quem podem manifestar as maiores caretices e "breguices" do romantismo. Eles podem porque querem ou porque não puderam dizer não. E o fazem descaradamente como quem diz: "viu viu, você não quis..."
Não olho mais nada disso com inveja, apenas com leve curiosidade, nem tudo admiro, tenho muito o que fazer, sigo tendências e penso no que nos é imposto como cultura. Mas, não posso negar que a minha vida tem me despertado pouca atenção.
Eu nem sei qual motivo da minha pressa, corro por quê? De quê? De quem? Por quem?
Sigo apressada e calada, são meus olhos, sem veneno, que tudo observam num desespero de falar e calar a boca do coração.
**
misstroiana
Quando estou caminhando por aí, tão apressadamente quanto os demais, pergunto-me: "qual é a pressa que motiva?".
Passo em frente às igrejas e...: "eles têm um Deus para acreditar".
Encontro caras usando camisetas de times de futebol, logo, eles têm por quem torcer, ainda que o time mais perca que ganhe, a torcida fica - a torcer.
Têm também os "camisetas do Nirvana e afins" e por que não dizer que eles tem alguém pra admirar? Ou alguma filosofia de vida pra dizerem que tem...
Viro uma esquina, encontro uma escola e, à porta dela, uma fila de mães esperando seus filhos e filhas. Elas têm de quem cuidar (e tantos outros verbos).
Gente apressada, levando seus notes, saltos musicando o asfalto. Crachás que pouco nos identificam.
Sempre leio os nomes de cursos das pastas que me cruzam, quantas provas por fazer ou quem sabe um TCC?
Vejo ali, próximo a MIm, um casal que num embate ao final do dia, logo me bate o coração: sim, eles têm a quem amar, de quem sentir o mais miserável dos ciúmes, por quem podem manifestar as maiores caretices e "breguices" do romantismo. Eles podem porque querem ou porque não puderam dizer não. E o fazem descaradamente como quem diz: "viu viu, você não quis..."
Não olho mais nada disso com inveja, apenas com leve curiosidade, nem tudo admiro, tenho muito o que fazer, sigo tendências e penso no que nos é imposto como cultura. Mas, não posso negar que a minha vida tem me despertado pouca atenção.
Eu nem sei qual motivo da minha pressa, corro por quê? De quê? De quem? Por quem?
Sigo apressada e calada, são meus olhos, sem veneno, que tudo observam num desespero de falar e calar a boca do coração.
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misstroiana
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