terça-feira, 16 de novembro de 2010

Quando as coisas começam a mudar (?)

(ouvindo Cidadão Quem (?), mais precisamente Pinhal)

Eu já me fiz essa pergunta muitas vezes e suponho que vocês também: afinal, quando as coisas começam a mudar para que hoje elas estejam como estão?
Quando passei a amar o que faço e a odiar meu trabalho?
Quando deixei de procurar meus amigos antigos?
Quando passei a gostar dessa banda se a odiava?
Quando decidi o que iria ser quando crescer?
Quando me tornei um viciado?
Quando passei pra este lado?
Quando meus filhos deixaram de ser as crianças adoráveis que eram?
Quando passei a gostar de literatura, música, futebol, culinária?
Quando abandonei o esporte?
Quando tive a sorte... de mudar?
Temos as respostas para algumas dessas perguntas que nos fizemos, um dia exato ou um ano talvez, mas, para muitas delas, não há explicação.
"Tudo muda o tempo todo no mundo"
Como partes do todo, nós - e nossos sentimentos também - mudAMOs.
Quando se perde, pra vida, alguém que se ama, fica difícil viver e a gente passa, então, a sobreviver.
(pra morte, é uma dor insuperável!!)
E até entendemos por que o coração - órgão - é tão vinculado à imagem romântica do relacionamento, pois ele dói - mesmo! - como se estivesse sendo arrancado. Sofrendo ou não, calados seguimos, uns com orgulho demais pra voltar atrás, outros rastejando-se à poeira do que, um dia, foi um amor pra todo o sempre - não que nunca se deva acreditar nele.
Você deixa de acreditar no que todos dizem: "isso vai passar" e começa a acreditar que, na verdade, isso veio pra ficar.
Um dia, não sei quando, você acorda e o ar está menos pesado, a vida, lá de fora, te convida a retornar.
Pouco depois, não sei quanto, você está nos braços de alguém e percebe que sua vida, na verdade, estava "fora do ar" ou apenas mal sintonizada. Esse alguém pega o controle e tudo muda. Você não sabe ao certo quando isso aconteceu, mas tem certeza de que aconteceu.
Dias depois, não sei o tanto, "amor" vira nome, "vida" sobrenome e tudo volta a fazer sentido ao vivo e a cores.
Sabor de viver, verdade no sorrir, transparência no agir, seu espírito voltou ao corpo e sobreviver não é mais preciso, basta estar pronto pra desligar a TV e ir... sem partir.
Eu tenho uma tese - que, se comparada a sua, pode se tornar uma antítese - e entendê-la não têm sido fácil.
Não sou eu quem passo por isso é o isso que passa por mim.
Afinal, se me coubesse decidir, eu sairia pela porta da frente sem olhar pra trás.
Mas como não é bem assim que as coisas funcionam, o isso fica.
A única coisa que podemos fazer é não permitir que ele crie raízes mais profundas do que a dor que um amor pode causar. Assim, quando ele se cansar, arranca-as sem deixar muitas marcas e com o vento se vai... Assim o fez o meu... não sei quando isso aconteceu. Isso se perdeu.
O que quero dizer com isso - e não para o isso - é que estou pronta pra desligar a TV e me conectar a outro pronome que, embora tenha um nome, não sei desde quando - nem por quanto tempo - chamo de "amor".

Agradecida**

3 comentários:

  1. So fucking hard to accept some of the realities.

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  2. São perguntas que nos fazem parar pra pensar um pouco nas escolhas da vida.

    Beijo imenso, menina linda.

    Rebeca

    -

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  3. Mudanças...eu desejo sempre!
    E elas acontecem, pena que estejam sendo pra pior!

    =/
    Mas tudo passa, né...o bom e o ruim!

    amo!

    =**

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